quarta-feira, 14 de abril de 2010

O maior ídolo







Por Tayguara Ribeiro.


Com as falhas dos últimos meses, muitos questionamentos a respeito do goleiro do São Paulo têm sido feitos.

Rogério Ceni já atuou 897 vezes pelo Tricolor e marcou 89 gols. Está no clube há vinte anos. É o capitão da equipe e comandou o time em vários títulos, entre eles três brasileiros , uma libertadores e um Mundial Interclubes.

Idolatrado pela maioria da torcida, Ceni chegou ao Morumbi em 1990. Teve muitas participações na seleção brasileira, esteve inclusive no grupo que foi Pentacampeão em 2002. No entanto, diversos cronistas e alguns torcedores indagam se as falhas técnicas cometidas pelo goleiro não demonstram que chegou a hora de uma aposentadoria.

Ceni Erguendo a taça do Tri da Libertadores, em 2005.



O erro mais grave cometido pelo jogador, em sua carreira vitoriosa no São Paulo, foi na final da Taça Libertadores da América de 2006, frente ao Internacional. O Colorado saiu vencedor na disputa, conquistou o título, mas Rogério ficou marcado por um gol que não poderia ter tomado – mesmo que este gol não tenha sido o único motivo para a derrota.

O goleiro faz parte de uma leva rara de atletas. Ele é da antiga, é daqueles que jogaram a carreira toda no mesmo clube. Algo extremamente complicado de se ver, pelo menos de duas décadas para cá. Sem muitas consultas, em uma rápida checagem mental, só consigo me lembrar de um caso similar no Brasil. O também arqueiro Marcos, do Palmeiras. Ambos construíram suas trajetórias na mesma equipe, ambos são ídolos, ambos estiveram na Copa de 2002, ambos são ótimos goleiros, conquistaram muitos campeonatos e agora são questionados.

Caso Ceni se aposentasse quem entraria em seu lugar, não apenas no gol, mas na liderança do time e no carinho da torcida? Será que os inúmeros feitos do goleiro, que é também artilheiro – lembrem-se que ele já marcou 89 gols, e é um dos goleadores do time na Libertadores, de todos os tempos – não lhe dão muito crédito?

Outra critica destinada ao Rogério é sobre sua condição de ídolo. Que ele está marcado na história do clube, os são-paulinos, os jornalistas e até mesmo os torcedores de Palmeiras, Corinthians, Santos, Flamengo, Grêmio... Todos já sabem, todos têm de concordar, isso é lugar comum. Mas será que o camisa um do time do Morumbi é o maior jogador da história do São Paulo?

O Tricolor já teve em seus quadros craques do porte de Falcão, Gérson, Furlan, Bellini, Zetti, Mulher, Kaká, Luis Fabiano, Zizinho e Mário Sérgio. Entretanto, dificilmente, estes poderiam concorrer com Ceni à condição de ídolo máximo, supremo.

Outros nomes muito marcantes na vida Tricolor, mas que de mesma forma não podem disputar de igual para igual com Rogério (por diversos motivos que vão desde ausência de títulos até pouco tempo de clube) são: Waldir Perez, Cafu, Roberto Dias, Toninho Cerezo, Silas, Serginho Chulapa e Paraná.

Em uma análise bem criteriosa; avaliando a importância que o atleta teve para a equipe durante o período em que esteve no Morumbi, o número de títulos e a identificação com a torcida, acredito que os candidatos a maior ídolo do São Paulo Futebol Clube seriam os seguintes: Rogério Ceni, Raí, Careca, Oscar, Canhoteiro, Leônidas da Silva, Dario Pereira, Pedro Rocha e Toninho Guerreiro.

Na minha modestíssima opinião, Rogério Ceni é sim o maior ídolo da história do Tricolor. Não porque ainda está jogando e é o mais recente na memória. Nem, tampouco, pelo fato de que vi, alguns desses craques grandiosos, somente através de reprise. Considero Ceni o ídolo-mor pela quantidade de jogos que têm – e ainda deve aumentar este número – pelos títulos que possui defendendo o time do Morumbi e principalmente pela empatia que têm com a torcida.


E você votaria em quem?

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