Carta Aberta a Washington





Por Fábio Laudonio.


De: Fábio Laudonio

Para: Washington.


Prezado Washington, resolvi lhe escrever referente a sua situação no São Paulo Futebol Clube. Decidi mandar por carta mesmo, pois esse veículo de comunicação já é tão ultrapassado quanto o seu futebol...

Talvez você, no auge de sua sabedoria, não saiba o que significa a palavra desagregar. Desagregar, meu caro Washington, é exatamente o que você esta fazendo ao elenco do Tricolor. Suas constantes reclamações sobre sua titularidade transformam o belo ambiente do clube em um esgoto a céu aberto, que alimenta e muito alguns roedores da imprensa esportiva, que ficam roçando as mãos a espera de uma crise no Morumbi.

Washington, se você conhecesse um pouco da história do São Paulo...... Já tivemos tantos e tantos jogadores melhores que você, com mais estrela que você, com mais amor a camisa que você, com mais espírito de grupo que você. Citarei somente alguns: Raí. Leônidas da Silva, Pedro Rocha, Dario Pereira, Toninho Cerezo. Nenhum deles, meu caro Washington, chiava da forma que você chia, e olhe que todos são jogadores a nível de seleção...

Quem dera eu, meu caro Washington, que você ganhasse o salário que a maioria do povo brasileiro ganha, muitas vezes trabalhando em condições medíocres, sem perspectiva alguma de futuro ou crescimento profissional. Esses,Washington, não podem chorar, pois, se o fizerem, correm o risco de perderem o emprego, ou até pior, de nem serem ouvidos....

Na chegada de um profissional melhor, meu caro atacante, o que você deveria ter feito era tentar aprender algo com ele, no seu caso Fernandão. Talvez, se você fosse um pouco mais humilde, você poderia ter melhorado o seu futebol, e, com isso, auxiliar a empresa que você trabalha. É provável que Fernandão também tenha algo a aprender contigo afinal ninguém sabe tudo nessa vida rapaz....

Por isso, meu caro avante, quero apenas lhe deixar uma frase, que espero que ecoe nos seus ouvidos: O São Paulo Futebol Clube pode sobreviver sem você, sem este que vos escreve, e sem muitos outros profissionais que estão ali dentro, porque é um clube de uma grandeza imensurável. Talvez por isso, meu caro Washington, suas atitudes, diante do Tricolor, se tornam ainda menores do que já são....
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Crônica: Dunga e os Sete Anões







Por Fábio Laudonio.

Futebol bonito, vistoso, rápido, com vários dribles e descontração. Isso é o que se espera de qualquer jogador que vai a Copa do Mundo representando a Seleção Brasileira. Mas, para 2010, esses paradigmas parecem que foram jogados no lixo.

Carlos Caetano Bledorn Verri, treinador do Brasil, resolveu contrariar a vontade de todos os torcedores, e chamar uma seleção bizarra, com jogadores que mal ostentam o banco em seus respectivos clubes, deixando de lado n craques que poderiam (e podem) desequilibrar uma Copa.

Dunga é o apelido desse cidadão dado por seu tio que, quando pequeno, achava que o mesmo não iria crescer muito. O nome foi tirado do desenho A Branca de Neve e os Sete Anões, um clássico de Walt Disney. E realmente o nosso Dunga não ostenta somente as características do Dunga do desenho, que só faz trapalhadas, pouco fala e escuta. Depois da convocação da seleção na última terça feira, Dunga poderia agregar características de outros anões do desenho:

Os sete anões no desenho.

Dunga poderia ser o Atchim. Assim como o anão que vive constantemente doente, espirrando por todos os lados, Dunga parece viver de uma doença crônica chamada teimosia. O que pensa é o certo, e ponto final.

Dunga poderia ser o Soneca. Sua seleção causa sono em qualquer espectador, com um futebol burocrático, chato e pragmático, bem diferente da mística do Brasil.

Mas nenhum lhe caberia tão bem quanto o Zangado. Dunga já provou, diversas vezes, sofrer de um mau humor crônico, sempre pronto para fulminar algum jornalista que lhe pergunte algo que, em sua visão, lhe desagrade.

O anão Dunga de Walt Disney


Engana-se quem acha que Dunga só atribuiu características dos personagens de conto de fadas a si mesmo. O treinador conseguiu, de uma forma medíocre, rotular o povo brasileiro de Dengoso, pois todos têm vergonha de saber que tantos craques ficaram de fora, em uma lista repleta de interrogações.

Dos sete anões citados, só sobraram dois: Feliz e Mestre. Ambos só serão atribuídos a Dunga ou ao povo Brasileiro no fim da Copa. Por enquanto, o povo está com a carapuça de Mestre, e Dunga com a de Feliz. Porém, já temos uma certeza: Dunga, mesmo se ganhar, estará longe de ser um mestre. E o povo brasileiro, com a vitória, não estará 100% feliz em saber que a sua vontade não foi feita, pois, assim como 1994, ficará aquele gosto de um título aos trancos e barrancos, estilo Dunga de ser...
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O time precisa de uma base...




Por Tayguara Ribeiro.

Que o técnico do São Paulo Futebol Clube, o ilustríssimo senhor Ricardo Gomes, não conseguiu dar base, tampouco consistência a equipe é evidente a qualquer pessoa que assista a uma partida do Tricolor.

No entanto, um outro quesito tem preocupado muito mais os torcedores do Tricolor Paulista: as categorias de bases. São Paulo, Corinthians, Santos e Cruzeiro são os clubes brasileiros que mais revelam grandes jogadores. Pelos lados do Morumbi, apenas citando nomes recentes, surgiram atletas como: Kaká, Breno, Alex Silva e Denílson.


Kaká, em sua estréia pelo São Paulo diante do Botafogo na final do Rio São Paulo de 2001. Do Morumbi para o mundo.

Mas nos últimos anos, a diretoria do clube prefere apostar nos medalhões. Henrique, Lucas Gaúcho, Sérgio Mota, Diogo e Mazzola têm poucas ou nenhuma oportunidades no time principal.


O goleiro Richard é levantado pelos companheiros, depois de brilhar nas cobranças de penaltis da final da Copa São Paulo de Júniores desse ano. Poucos atletas desse time tiveram oportunidade na equipe principal.


A lateral-esquerda é claramente um problema e talvez Diogo pudesse resolver. Mazzola foi emprestado e outros garotos do time júnior estão em litígio com o São Paulo.


Oscar, uma das maiores promessas do Tricolor nos últimos anos, é um dos atletas que está buscando o desligamento do clube na justiça. A falta de oportunidades no time profissional é a principal queixa do meia.


O presidente Juvenal Juvêncio não deve simplesmente mandar todos embora e botar a molecada pra jogar. Contudo o elenco Tricolor precisa de uma reformulação e isso passa, sim, por algumas apostas nos jovens valores do São Paulo.

Basta ver que os dois atacantes do Cruzeiro e o artilheiro do Atlético Mineiro nasceram pro futebol no Morumbi. Juntos Thiago Ribeiro e Kleber , o Gladiador, já marcaram 27 gols pela Raposa. Diego Tardelli se consolidou no futebol mineiro e tem sido um dos destaques do Galo. Será que um dos principais clubes da América do Sul e porque não dizer do futebol mundial não está sabendo aproveitar os seus talentos?


Kleber e Thiago Ribeiro, a dupla que possui o melhor ataque da Libertadores desse ano, foram revelados pelo Tricolor Paulista.
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