quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Festa do Caqui


Tá rindo de que Juvenal?

Por Fábio Laudonio

Festa do Caqui é um termo muito utilizado para se retratar uma situação de verdadeira bagunça. Então nada mais plausível para mim em imputar essa alcunha nada honrosa a atual fase do São Paulo Futebol Clube no Brasileirão 2010.

Lembro que falei para amigos a longos meses atrás a seguinte frase: “Depois de não termos ganho um clássico no Paulistão, de termos sido eliminados da Libertadores pifiamente, de estarmos virando freguês de uma penca de times, essa “equipe” que atualmente enverga a nossa ainda gloriosa camisa não pode fazer mais nada que possa nos envergonhar ainda mais”. Mas, ao que parece, a cada rodada, eles tentam se superar, a ponto de caminhar, a longos passos, rumo à suprema vergonha que uma equipe de futebol pode passar: Lutar para escapar do rebaixamento.

Posso escrever aqui n textos sobre como o Tricolor chegou a essa situação pífia, que vão desde uma diretoria sem comando a jogadores que os nossos “humildes e amados” cardeais nos empurraram goela abaixo (90% deles de qualidade muito duvidosa). Sou obrigado, ainda por cima, a notar que a principal preocupação de nossa torcida seja que o time não irá a Libertadores 2011, levar a sua surra ultimamente habitual para algum irmão brasileiro.

Libertadores, por sinal, que é um pouco culpada por algumas de nossas mazelas. Desde 2007, montamos para essa competição elencos medíocres. Se perder, tudo bem, afinal, ano que vem estaremos lá novamente. Essa mentalidade retrógrada e conformista nos trouxe n recordes negativos na competição até então inimagináveis para a nossa camisa.

Não adianta a torcida ficar pensando em ir a Libertadores, para o mesmo circo de 2010 ser repetido em 2011. Precisamos nos esforçar em mudar a nossa mentalidade e a do clube em achar que só a Libertadores presta. Estamos faz tempo usando o Paulistão de treino de luxo, e de chacota para nossos rivais nos eliminarem nas semifinais. A torcida humilha a Copa do Brasil, dizendo ser um torneio de quinta categoria que, diga-se de passagem, passamos muito tempo disputando, e não ganhamos nenhuma.

Falar que precisamos contratar jogadores de mais qualidade, dispensar as laranjas podres e subir ainda mais a base é bater na tecla da obviedade. Contratar um treinador também faz parte das necessidades básicas de um departamento de futebol coerente. Não me preocupo com Libertadores 2011, e sim em ter de volta a nossa estrutura, que é e sempre será o motivo de orgulho do São Paulo Futebol Clube.



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