E eles realmente escreveram o futuro.....
Por Fábio Laudonio.Chegamos as semi finais da Copa do Mundo. Antes do inicio do torneio, um comercial da Nike, intitulado “Escreva o Futuro” mostrava uma vasta seleção de craques disputando um jogo. Na partida, cada um dos atletas, vestindo a camisa de suas respectivas seleções tenta, em uma jogada, mudar o destino da partida, e consequentemente de suas vidas. Quem diria que, durante a copa, a maioria deles alteraria mesmo o futuro. Para pior.....
A começar por Fábio Cannavaro, zagueiro capitão da seleção italiana. No comercial, Cannavaro aparece tirando uma bola em cima da linha. Quem diria que, durante a copa, o zagueiro fosse fazer exatamente o contrário, sendo protagonista de lances bizarros, que ajudaram e muito a afundar a atual campeã do mundo em uma campanha vergonhosa: 2 empates e 1 derrota, e a lanterna do grupo considerado o mais fácil da Copa...
A Costa do Marfim, de Didier Drogba, chegou a Copa com o rótulo de ser a melhor seleção africana da atualidade, em que pregava o futebol ofensivo e técnico. Durante o torneio, a seleção do atacante mostrou-se completamente o contrário: Uma seleção formada apenas por jogadores fortes, que gosta e muito do famoso jogo sujo lotado de pontapés. Resultado: Terceiro colocado de seu grupo e uma saída prematura, além é claro de perder o status de melhor seleção africana para Gana, que chegou até as quartas de final.

Já Ribery, cotado como o novo astro da seleção francesa depois da saída do eterno Zidane, acabou engolido pelo verdadeiro circo que se tornou a França. Os Bleus amargaram uma campanha digna de filmes de comédia, onde teve de tudo: Brigas internas, jogador pedindo pra sair, treinador sem comando, abolição de treinamentos. O resultado disso não poderia ser outro: um empate e duas derrotas, com apenas um gol marcado...
No comercial, a parte que mais impressiona é a que reetrata o do futuro do atacante Wayne Rooney da Inglaterra. Na ficção, o atleta erra um passe, que propicia um imenso contra ataque. A mente de Rooney logo imagina as consequências daquele engano, que iam desde fãs histéricos rasgando pôsteres com sua imagem, a uma velhice onde se encontrava gordo e rotulado como um fracasso. Isso até poderia mesmo acontecer, pois a Inglaterra em copas é o mesmo de sempre: Entra como favorita, classifica-se jogando um futebol de qualidade duvidosa, e sucumbe diante da primeira adversidade. Para variar, o roteiro na Copa da África foi mantido: Derrota nas oitavas de final por 4 a 1 para a Alemanha, e uma volta precoce, que já é rotina para os amantes do futebol...
O Brasil estava sendo representado por ninguém menos que Ronaldinho Gaúcho e seus dribles desconcertantes. Como o jogador não foi convocado para a “mega habilidosa” seleção do “estrategista” Dunga, o jeito foi fazer um outro comercial com lances de um atleta canarinho que foi convocado: Robinho. O atacante não fez uma Copa ruim é verdade. Era um dos poucos que tentava chutar a gol de fora da área, ou talvez partir para cima do adversário em um lance mais incisivo. Mas, o futuro do craque foi bem diferente do retratado no comercial da Nike. Em vez do samba da vitória, o que se ouviu foi mais parecido com uma marcha fúnebre depois da desclassificação nas quartas de final diante da Holanda.

E finalmente, chego agora na maior estrela de comerciais da Nike da atualidade: Cristiano Ronaldo. O gajo é quem encerra a propaganda, prestes a cobrar uma falta pela seleção portuguesa. Cristiano Ronaldo parece ter entrado na copa achando que seu marketing pessoal o faria jogar bola, ou pelo menos aparecer bem diante das câmeras, o que aparenta ser a sua principal preocupação. Tudo bem que a seleção portuguesa não ajuda muito, mas para quem já foi considerado o melhor do mundo, o gajo ficou devendo, e caminha a passos largos para se tornar um novo David Beckham: mais conhecido pelo marketing do que pelo que produz dentro das quatro linhas.
Dos atletas que se destacam no comercial, apenas os espanhóis Gerard Piqué, Andres Iniesta E Cesc Fabregas continuam vivos no mundial. A Espanha encara a fortíssima Alemanha na quarta feira já pelas semi finais. É aguardar para ver se o trio conseguirá escrever o futuro promissor retratado na propaganda, ou se sucumbirão diante da dura realidade dos outros astros da empresa. É esperar pra ver.
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